É engraçado como alguns filmes
aparentemente bobos podem nos fazer refletir sobre a vida. É o caso de “Eu
queria ter a sua vida”, uma comédia que estava passando ontem em um dos canais Telecine.
Seguindo a mesma linha dos
nacionais “Se eu fosse você” I e II, o filme traz a história de dois amigos: o
advogado Dave (Jason Bateman), que tem uma família de comercial de
margarina, e o ator de “pornô light” Mitch (Ryan Reynolds), que parece ter se esquecido
de sair da adolescência. Os dois invejam a vida um do outro, até que um dia, após uma bebedeira, eles descobrem que trocaram de corpos.
Enquanto não conseguem uma solução para o problema, os amigos são
obrigados a assumir a vida um do outro. O imaturo Mitch passa a conviver com as
atribulações profissionais e familiares do amigo. Obviamente, ele aprende a ser
um homem mais responsável. Por sua vez, o certinho Dave percebe que a vida não
se resume apenas a conquistar uma carreira de sucesso.
O filme alterna momentos
divertidos com outros meio forçados, mas o interessante é a constatação de que
muitas vezes invejamos a vida de outras pessoas por acreditar que elas são mais
felizes do que nós. Será?
Quantas vezes você não desejou
ter o emprego daquele amigo bem-sucedido, sem imaginar as cobranças e pressões que
ele é obrigado a enfrentar? Ou sentiu inveja daquela vizinha de nariz empinado que
vive desfilando modelitos de griffe, desconhecendo
o fato de que ela está atolada em dívidas e leva chifre do marido? E o que
dizer de tantas pessoas que aparentemente conseguiram tudo: dinheiro, fama,
poder – tudo, menos felicidade?
Muitas vezes a mídia nos leva a acreditar
que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa, mas as aparências enganam.
E como enganam!
E você, já desejou ter a vida de outra pessoa?
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